JOGO DAS CURIOSIDADES:
EM QUAL DOS DOIS LIVROS ...
Quando pensamos em Natal e em
Agatha Christie, suas duas obras, cujos títulos são especialmente alusivos a
esta época do ano, vêm imediatamente à lembrança: A Aventura do Pudim de Natal e O
Natal de Poirot. Assim, para celebrar esta maravilhosa época do ano,
proponho aos fãs mais curiosos um jogo:
Em qual dos dois livros... (ocorreu o fato)?
Adivinhe, se for capaz!
1-
...
a pessoa para quem o livro foi dedicado costumava se queixar que os
assassinatos de Agatha estavam ficando muito refinados? E quem era essa pessoa?
2- ...
aparecem tanto o detetive Hercule Poirot como Miss Marple?
3- … há um
personagem que é amigo de Poirot e que aparece novamente em outro livro: A Terceira Moça, e quem é este
personagem?
4-
...
foi publicado nos EUA em duas ocasiões diferentes e com dois títulos diferentes
do original?
5-
…
Poirot faz uma referência a uma passagem de um clássico da literatura inglesa
ao dizer que acredita em seis coisas
impossíveis antes do café da manhã e que livro é este?
6-
…
há um personagem que já havia aparecido em Tragédia
em Três Atos e menciona esse caso anterior em conversa com Poirot? E quem é
este personagem?
RESPOSTAS:
1- O Natal de Poirot
A pessoa era o cunhado de Agatha, chamado James:
Meu caro James:
Foste sempre um dos meus leitores mais fiéis e amáveis e, por
isso, senti-me seriamente perturbada quando
me criticaste. Queixaste-te de que os meus assassinatos se estavam a tomar
excessivamente refinados — anêmicos, na verdade! — e disseste que estavas
esejoso de um “bom crime violento, com uma grande sangueira”. Um assassinato que
não deixasse dúvidas de que era um assassino!Por isso escrevi esta história
especialmente para ti. Espero que te agrade.
Tua cunhada afetuosa,
Agatha
2
- A Aventura do Pudim de Natal
O livro é composto por 6 contos, sendo que o 1º conto, A Aventura do Pudim de Natal, também dá
nome ao livro.
Poirot aparece nos 5 primeiros contos: A Aventura do Pudim de Natal, O Mistério do Baú Espanhol, O Reprimido,
O Caso das Amoras Pretas e O Sonho.
Miss Marple protagoniza o último conto: A
Extravagância de Greenshaw.
3- A Aventura do Pudim de Natal
O personagem é o Dr. Stillingfeet, que aparece no conto O Sonho.
Começou com um telefonema de um tal de
Dr. John Stillingfeet. Ele falou com uma notável ausência de decoro médico:
— É você, Poirot, seu bestalhão? Quem
fala aqui é Stillingfeet.
— Olá, meu amigo. O que houve?
— Estou falando de Northway House — da
casa de Benedict Farley.
— Ah, é? — Poirot começou a falar mais
depressa, interessado.
(O Sonho em A
Aventura do Pudim de Natal)
* * * * * *
A Srta. Lemon o olhou com grande preocupação.
— O Dr. Stillingfeet insiste em falar com o senhor
imediatamente. Diz que é urgente.
— Diga ao Dr. Stillingfeet que ele pode... A senhora disse Dr.
Stillingfeet?
Passou à sua frente e apanhou o fone — Sou eu, Poirot, falando!
Aconteceu alguma coisa?
— Ela foi embora.
(A Terceira Moça)
4- O Natal de
Poirot
1º - Foi publicado em 1939 pela Dodd, Mead and Company com o
título: Murder for Christmas (Assassinato
para o Natal)
2º - Foi publicado em 1947 pela Avon com o título: A Holiday for Murder (Um Feriado para Assassinato)
5- A Aventura do Pudim de Natal
— Existem muitas coisas inacreditáveis —
disse Poirot. —Principalmente antes do café, não é mesmo? É o que diz um dos clássicos
de vocês. Seis coisas impossíveis antes do café da manhã. — E acrescentou: —
Por favor esperem aqui, todos vocês. (A Aventura do Pudim de Natal)
O clássico da literatura inglesa é Alice no País das Maravilhas, de Lewis Carrol. Poirot cita a
passagem do capítulo 5, quando Alice diz que não consegue acreditar em coisas impossíveis
e a Rainha Branca responde que Alice não tinha prática suficiente em acreditar:
Eu sempre pratico
durante meia hora por dia. Às vezes eu já cheguei a acreditar em até seis
coisas impossíveis antes do café da manhã.
6- O Natal de Poirot
Trata-se do Coronel Johnson. Ele aparece em Tragédia em Três Atos:
Sir Charles e Mr. Satterthwaite estavam
sentados no estúdio do Coronel Johnson. O chefe da polícia local era um
homenzarrão com voz de caserna e modos alegres. Havia saudado Mr. Satterthwaite
com toda indicação de prazer, e estava obviamente encantado por conhecer o
famoso Charles Cartwright.
— A patroa vai muito ao teatro. Ela é...
como é mesmo que os americanos dizem?... sua fã. Isso, fã. Pessoalmente também
gosto de uma boa peça... coisa limpa, é claro, não o tipo de coisa que muitas vezes
botam no palco hoje em dia. Uma vergonha!
(Tragédia em Três Atos)
E, em O Natal de
Poirot, conversa com o detetive belga justamente sobre o caso ocorrido em Tragédia
em Três Atos:
— Não há nada como o fogo de lenha — afirmou
o coronel Johnson, chegando a cadeira para junto da lareira, depois de lhe ter
deitado mais uma tora. — Sirva-se, por favor — acrescentou, hospitaleiro, e
apontou a garrafa e o sifão que se encontraram perto do cotovelo do seu
visitante. (...)
— Espantoso, aquele caso Cartwright! observou
o anfitrião, em tom
saudoso. Espantoso xxxxxxxx! E que encanto de
maneiras! Quando veio aqui, consigo, conquistou-nos a todos! Abanou a cabeça e
acrescentou, após uma pausa:
— Nunca mais teremos nada como esse caso! O
envenenamento xxxxxxxxxxxxxx, felizmente.
(O Natal de Poirot)
Observação:
substitui trechos da fala do Cel. Johnson por XXX para evitar spoiler.
Nenhum comentário:
Postar um comentário